domingo, 13 de maio de 2012

Atração de abertura do Rock in Rio 4, parceria entre Paralamas e Titãs começou há quase 20 anos

Juntos-ao-Vivo-Charles Gavin
Integrantes das duas bandas à época da turnê do "Juntos ao Vivo": Charles Gavin (abaixo, à esquerda) saiu em 2010
Por Daniel Setti
Com toda pompa a que têm direito, incluindo participações de Maria Gadú, Milton Nascimento e até da Orquestra Sinfônica Brasileira, Paralamas do Sucesso e Titãs abrem na próxima sexta-feira às 19 horas, juntos, o Rock in Rio 4.
O namoro entre os dois maiores nomes remanescentes da prolífica geração roqueira dos anos 1980 é sólido e já gerou até um disco colaborativo, Paralamas e Titãs Juntos ao Vivo, lançado em 2008 para celebrar os 25 anos de cada uma das bandas. O álbum é uma rara oportunidade para escutar, por exemplo, o Titã Paulo Miklos soltando a voz na clássica “Óculos”, da banda carioca, ou o Paralama Herbert Vianna fazendo os vocais de apoio em “Polícia”, hino do grupo paulista.
Mas o registro mais potente do encontro “paralamo-titânico” é, sem dúvida, o da primeira vez que as duas bandas dividiram o palco, no extinto festival Hollywood Rock, no Rio de Janeiro e em São Paulo, em janeiro de 1992. Na ocasião, ambos os grupos apareciam em plena forma, sobretudo os Titãs, com sua formação clássica: o guitarrista Marcelo Frommer ainda era vivo e tanto o vocalista Arnaldo Antunes quanto o baixista Nando Reis e o baterista Charles Gavin, hoje não mais presentes na formação, ainda compunham o octeto.
O vídeo abaixo traz a turma toda executando a não menos fundamental “Comida”, dos Titãs, para um Praça da Apoteose lotada e em êxtase. O arranjo especial contava com Arnaldo e Herbert nos vocais e o naipe de metais dos Paralamas – com a ajuda do sax tenor de Miklos – fazendo a melodia principal.

Por: Marcos Sampaio | Comentários: Comente
Lobão precisou de quase 600 páginas para contar como se passaram seus 53 anos de vida, completados no último 11 de outubro. Embora a quantidade seja grande, foi o mínimo necessário para registrar uma série de histórias que, de tão improváveis, chegam a causar desconfiança no leitor. Com o nome 50 anos a Mil (Ed. Nova Fronteira), a autobiografia do cantor, compositor e músico carioca é um relato tragicômico, com boas doses de cinismo, sobre um personagem, meio criador e meio criatura, que viveu muitas experiências de sexo, drogas e rock’n’roll enquanto acompanhava o surgimento do rock brasileiro.
Prevenindo esse desconfiança, Lobão convidou o jornalista Claudio Tognolli para escrever a sessão Lobão na Mídia, que intercala os capítulos contando o que os meios de comunicação falaram sobre o cantor. No entanto, o melhor da história fica por conta dos bastidores inéditos e do tom informal do texto que, tal qual alertado pelo editor, mantém “o léxico e a sintaxe peculiares e autorais de Lobão”. Por exemplo, logo no começo, Lobão narra, com detalhes hilários, sua homenagem póstuma ao cantor e compositor Júlio Barroso. Junto com Cazuza, ele estendeu duas carreiras de cocaína sobre o caixão do líder da Gang 90.
E é assim que ele começa a falar sobre um menino de classe média que “deveria ter se tornado um bundão”, mas “conseguiu atenuar e, até mesmo, reverter esta lamentável característica”. Conhecido tanto pela boa música quanto pelo jeito falastrão, Lobão se mostrou econômico na entrevista, por email, ao DISCOGRAFIA. “Foi muito natural e prazeroso escrever essa biografia. Tenho coisas muito importantes, tanto para contar como para esclarecer e revelar”. Entre elas, está a “célebre pendenga” de início de carreira quando acusou Herbert Vianna, vocalista e guitarrista dos Paralamas do Sucesso, de plágio. O que começou numa amigável partida de futebol tornou-se ódio e uma “sucessão de acontecimentos absurdos”. Após o acidente sofrido por Herbert, Lobão já fala em afeto e admiração. 
50 anos a Mil conta ainda sobre o suicídio de sua mãe, sobre quando destruiu um violão na cabeça do pai e, com muita graça, sobre sua prisão por porte de drogas. “A melhor forma de me conhecer é tentar ser aberto e atento com o trabalho de uma pessoa bastante complexa”, explica Lobão que, junto com livro, lança duas músicas inéditas (para download gratuito no http://www.lobao.com.br) – a serem entendidas como prólogo e um epílogo da biografia – e uma caixa com três Cds e o DVD Acústico MTV. Os fonogramas foram remasterizados por Roy Cicala, que já trabalhou com John Lennon, Frank Sinatra e Jimmy Hendrix.
Seja revelando intimidades ou causando risos, Lobão hoje comemora por que “os jornalistas estão, na sua grande maioria, elogiando o livro”. Um dos motivos a que ele atribui esta boa recepção é à participação de Tognolli. “Está tudo muito bem documentado”. Certo de que não se arrepende de nada do que foi narrado, Lobão hoje se orgulha da imersão que fez em sua própria vida. “Tudo o que está lá foi milimetricamente pensado, arquitetado, escandido. Sei que fiz um livro bem escrito, não tenho a menor dúvida”.

Herbert Azul

“Eu sou um palhaço do circo do futuro e se a arte terminar eu a recriarei com certeza. Sou a arte atemporal, vivo fazendo do fim o começo. Assim sou o novo novamente”.
Herbert Azul
[ Fonte (frase): blog.revistaaovivo.com.br ]
 
Nome completo:
Nome artístico: Herbert Azul
Data de nascimento:
Local:
Gênero: MPB
 
HERBERT AZUL
por Priscila Borges
 
Azul como um pensamento de criança, azul como um mar de aquarela. Azul como o céu de Maceió, onde Herbert, ainda menino, morava em uma fazenda. Lá seu passatempo era imitar os animais. Fazia sons em panelas e latas velhas, criava histórias e apresentava seus personagens para as crianças pobres da redondeza. Foi assim que se descobriu artista. E hoje, com tantos anos de criatividade, quem conhece Herbert Azul sabe como é difícil definí-lo.
Cantor, compositor, ator, produtor, poeta. Inúmeras faces do artista que estão constantemente presentes em suas apresentações, seja nos shows, na TV, teatro, cinema ou rádio.
 
Com muito bom humor Azul deixou o nordeste rumo à Campinas/SP, semeando alegrias e carregando no bolso um maço de notas musicais.
Aos 38 anos, mais de vinte deles dedicados às artes, o músico alagoano já colheu bons frutos durante sua caminhada. Um deles foi sua parceria com o também nordestino Alceu Valença. Com ele gravou mais de dez canções, entre elas Pétala, vencedora do Prêmio Sharp na categoria “Melhor música”.
 
Herbert fez parte da banda de Alceu e participou de seus discos Sete Desejos, como violonista, Batuques e Ladeiras, como vocalista, e Sol e Chuva, como produtor. “Alceu é meu eterno padrinho e um dos maiores artistas que já conheci no mundo. Ele é perfeito, um mágico! Nossa parceria continua, sempre estamos gravando as músicas que fazemos juntos”, conta orgulhoso.
 
Repentista
 
Sábado, 21h. Estamos em Campinas, em um dos bares do bairro Cambuí, famoso por sua agitada vida noturna. Porém, nesta época do ano, típicamente fria, a tendência seria a diminuição do movimento nestes bares. Mas aqui, não. Isso porque no show de hoje teremos as ilustres presenças de alguns dos grandes nomes da música brasileira, reunidos em uma única apresentação.
Já na primeira canção, quem sobe ao palco é Caetano Veloso cantando Noite do prazer, de Cláudio Zoli. Em seguida, um dueto arrasador: Cássia Eller e Alcione cantam juntas Não deixe o Samba Morrer, de Edson e Aluísio. Ainda na mesma noite, aparecem Tim Maia, Lenine, Djavan, Zé Ramalho, entre muitos outros. Todos incorporados através das idênticas imitações de Hebert Azul.
 
Assim, já se passaram uma hora e meia de show e o público não tira os olhos do artista de mil faces. Há também aqueles que não só assistem, mas participam cantando, dançando e pedindo novas “aparições”. Este improviso, que mescla teatro e música, é uma das inspirações para os shows de Hebert Azul. “O improviso com conhecimento me faz ser diferente. É uma arte que vem dos repentes, da cultura nordestina. E é muito difícil. Se você quiser fazer, mas não souber improvisar, todo seu conhecimento de música vai pelo ralo”, explica.
 
E foi a partir da irreverência certeira que Hebert conquistou seu espaço em outros segmentos. No teatro, por exemplo, ele não só fez participações como ator, mas também como produtor e responsável pela trilha sonora de diversos espetáculos. Um deles foi I Love Neide, monólogo de Eduardo Martini que esteve em cartaz em Campinas durante seis meses e passou também pela cidade de São Paulo, no Teatro Folha. Recentemente, Azul foi convidado para produzir a trilha sonora e atuar no espetáculo infantil Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado.
 
Parceiros e  fãs famosos
 
Além de Alceu Valença, seu “padrinho” musical e também fã, Herbert Azul foi alvo de elogios de diversos outros artistas. Por já ter trabalhado como ator, teve a oportunidade de conhecer e apresentar seu trabalho para Isabela Garcia, Taumaturgo Ferreira, Claudia Ohana e Nelson Freitas, este último com quem também já dividiu os palcos cantando.
 
Entretanto, para ele o mais importante deste reconhecimento foram as parcerias que surgiram desde que se tornou conhecido entre os famosos. Entusiasmados com as composições do alagoano, não foram poucos os grandes nomes que gravaram suas músicas. Alguns exemplos são Elba Ramalho e Vanessa Barum. Azul também já foi trilha sonora de uma produção de Maria Zilda. A atriz do filme Minha Vida em Suas Mãos (2004) escolheu a canção Há Leblon, de Herbert Azul, para ser tema desta história.
 
Assim, depois de tantas conquistas em seus 24 anos de carreira, ele discorda de que atualmente faltam oportunidades para os artistas brasileiros. “Música tem que ser simples e ter qualidade. O artista tem que ter talento e ser voraz. As oportunidades estão em qualquer canto, é só armar o seu circo, sabendo que o artista principal é um palhaço talentoso”, explica o cantor.
 
Com seu picadeiro aberto e seus inúmeros palhaços em cena, Azul se prepara para aquela que, segundo ele, é a oportunidade mais importante de sua vida: o projeto Novos Poetas, junto ao Centro Boldrini, que cuida de crianças e adolescentes portadores de doenças sangüíneas e de câncer. “Hoje esta é a minha maior alegria.
 
 Deixaria de fazer qualquer coisa para finalizar este sonho”, revela.
O projeto consiste no lançamento de dois livros e um CD com poemas feitos pelas crianças do centro e musicados por Hebert Azul. O lançamento do projeto também será feito em rede nacional e apresentado pelo SBT junto a diversos artistas do país, em um programa especial intitulado Dia Boldrini.
 
[ Fonte: blog.revistaaovivo.com.br ]
 
 
 

Álbum: “Um Cata-vento Pra Você Voar”
Artista: Herbert Azul
Ano: 2001
 
Faixas:
01. Maracasamba
02. Barulho
03. Três horas da manhã
04. O recado
05. Há Leblon
06. Iracema Maceió
07. Um catavento para você voar
08. Tome Tenência
09. Taquaral
10. Balanciê
11. Tú tá na vida
12. Ave de rapina
13. Vitamina colorida
 
 
 

Artista arapiraquense será destaque no programa Jô Soares de hoje
Por Angelo farias ( Redação Arapiraca, 02/07/2009 )
O cantor arapiraquense Herbert Azul, será o entrevistado do “Programa do Jô” na TV GLOBO nesta quinta-feira dia 02 ,Herbert Azul nasceu em Arapiraca e após alguns anos foi para Pernambuco ,onde recebeu influência dos ritmos regionais.
 
Ele é cantor compositor,ator,escritor,produtor, arranjador e multi-instrumentista. Parceiro de Alceu Valença, tendo tocado na banda do pernambucano por 8 anos.
 
Recebeu o prêmio Sharp com a musica “Pétalas” (melhor letra e música), que fez parte da trilha do filme “Novela Novela”,vencedor de melhor filme estrangeiro no festival de cinema independente de New York e recebeu diversos prêmios com a musica “Há Leblon”, que foi tema do filme “Minha Vida em Suas Mãos”.
 
Suas muúsicas foram gravadas por artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença, Vanessa Barum, Maira Barros, Tony Câmara,entre outros.
Herbert Azul participou do songbook de Gilberto Gil, gravou com Marcelo D2 além de participar das paródias do programa global “Casseta e Planeta”,como ator já participou dos programas “Malhação”, “Zorra Total”, “cilada” no canal MultiShow além de atuar na peça “Carreirinhas”, direção de Wolf Maia.
 
[ Fonte: www.forumnow.com.br ]
 
O cantor, compositor e agitador cultural, Herbert Azul,  falou do começo da sua carreira como músico na noite.
 
“Apresentar Herbert Azul é uma grande satisfação. Primeiro porque é um grande músico; segundo, porque é um grande compositor; terceiro, porque é um grande intérprete. Azul é tudo isso ao mesmo tempo: cantor, compositor e músico”. Palavras de Alceu Valença, seu parceiro em várias composições, entre elas, “Pétalas”, vencedora do “Prêmio Sharp de Melhor Música” (O GLOBO).
 
“Este cara é uma mistura maravilhosa de Gil, Djavan, Alceu Valença” Sérgio Carvalho produtor e diretor da BMG,(FOLHA DE SÃO PAULO).
 
“Azul é completo por isso gravei sua linda musica”. disse Elba Ramalho depois de gravar a música “Trem das Ilusões” em seu CD de 25 anos de carreira.
 
“Ao meu entender somos contemporâneos de um gênio da nossa música”. Feliz de quem perceber isso e o entender. Em uma única palavra: Imperdível! Herbert Azul é a mistura de James Brown e Jackson do Pandeiro.” Pedro Carneiro, diretor da TVE.
 
Cantor, compositor, ator, escritor, produtor, arranjador, multi-instrumentista e parceiro de Alceu Valença. Nasceu em Alagoas e cresceu em Pernambuco, onde recebeu influência dos Ritmos Regionais. Gravou e compôs várias músicas com Alceu Valença, com o qual tocou em sua banda durante oito anos.
 
Recebeu o Prêmio Sharp com a música “Pétalas” (Melhor letra e música), Prêmio da Prefeitura do Rio De Janeiro/RJ com o documentário Da Feira de São Cristovão. Sua música “Há-Leblon” foi tema do Filme ” Minha Vida Em Suas Mãos” – Direção Maria Zilda Bethlem, A Música “Pétalas” Também Foi Tema do Filme ” Novela Novela” – Direção Crystianne Rochat, vencedor na categoria de melhor Filme Estrangeiro no Festival De Cinema Independente em New York.
Suas músicas foram gravadas por artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença, Vanessa Barum, Maíra Barros, Osman, Alan Bastos, Tony Câmara, entre outros.
 
Herbert Azul participou do songbook de Gilberto Gil, gravou com Marcelo D2 no CD Bpm Vol. 2, gravou o CD De Frevos de Pernambuco Asas da América, gravou o CD Novo Canto, Etc. Como ator já participou dos seguintes programas: Malhação (Tv Globo), Zorra Total (Tv Globo), Cilada (No Canal Multishow) e no Documentário Da Feira de São Cristovão no Rio De Janeiro.
 
Atuou na Peça ” Os Quatro Carreirinhas” – Direção De Wolf Maia. Participa das paródias do Programa Casseta & Planeta (Tv Globo). É embaixador do Boldrini (Hospital do Câncer Infantil/SP) e está promovendo o projeto de lançamento de livro, CD e  de poemas de crianças com câncer musicado por ele.
Através de sua Conexão Azzul Produções, produz eventos, cantores, bandas, trilhas para peças de teatro, TV, cinema e etc. É diretor musical de peças em Cartaz no teatro em São Paulo: ” Cinderella” e no Rio De Janeiro “I Love Neide” ambas com direção geral de Eduardo Martini.
A banda foi formada em agosto de 1982, após a dissolução do Aborto Elétrico, grupo seminal da cena punk de Brasília, o qual também originou o Capital Inicial. Para compor, Renato Russo se inspirava em bandas como The Smiths, The Cure e Joy Division.

O começo


A primeira apresentação da Legião Urbana aconteceu em 5 de setembro de 1982 na cidade mineira de Patos de Minas, durante o festival Rock no Parque, que contou com outras oito atrações, entre elas a da Plebe Rude, que abriu o palco para a Legião.


Esse foi o único concerto em que a banda apareceu com a sua primeira formação: Renato Russo (vocalista e baixista), Marcelo Bonfá (baterista), Paulo Paulista (tecladista) e Eduardo Paraná (guitarrista)[1]. Após a apresentação, Paulo Paulista e Eduardo Paraná deixaram a Legião. O próximo guitarrista seria Ico Ouro-Preto (irmão de Dinho Ouro-Preto, vocalista do Capital Inicial), mas foi logo substituído por Dado Villa-Lobos, que assumiu a guitarra da Legião em março de 1983[2].


O sucesso


Em 23 de julho de 1983, a Legião faz no Circo Voador, Rio de Janeiro, um concerto que mudaria a história da banda. Após a apresentação, eles são convidados a gravar uma fita demo com a EMI. No ano seguinte entra o baixista Renato Rocha e começa então a gravação do primeiro disco.


O primeiro álbum Legião Urbana, lançado em 2 de janeiro de 1985, é extremamente politizado, com letras que fazem críticas contundentes a diversos aspectos da sociedade brasileira. Paralelo a isso, possui canções de amor que foram marcantes na história da música brasileira, como "Será", "Ainda é cedo" e "Por Enquanto", esta última que é considerada como a melhor faixa de encerramento de um disco, segundo Arthur Dapieve, crítico e amigo de Renato Russo.


O segundo álbum, Dois, foi lançado em 1986. O disco deveria ser duplo e se chamar Mitologia e Intuição, mas o projeto foi recusado pela gravadora, fazendo com que o disco saísse simples. Em seu começo é possível ouvir um pouco da canção "Será" envolto a ruídos de rádio e do hino da Internacional Socialista. É o segundo álbum mais vendido da banda, com mais de 1,2 milhão de cópias, e considerado por muitos o mais romântico. "Tempo Perdido" fez um grande sucesso e se tornou num dos clássicos da Legião. "Eduardo e Mônica", "Índios" e "Quase Sem Querer" também fizeram sucesso.


Que País É Este 1978/1987 pode ser considerada a primeira coletânea feita pela banda de Brasília, embora todas as faixas tivessem sido regravadas e produzidas para este álbum e em estúdio. Este material foi programado para entrar no antigo projeto Mitologia e Intuição, que foi abortado pela gravadora. Das nove canções do disco, sete eram do antigo Aborto Elétrico. Esta é a obra mais punk da Legião Urbana e contém em seu encarte uma breve história do grupo. Foi o último trabalho oficial com a participação do então baixista Renato Rocha. Seu título provisório era Mais do Mesmo.


O álbum As Quatro Estações de 1989 é considerado por muitos o melhor trabalho deles, além de conter o maior número de hits: são onze canções, das quais pelo menos nove foram tocadas incessantemente nas rádios. É o álbum mais vendido da Legião, com mais de 1,7 milhão de cópias, é também considerado o disco mais "religioso". O baixista Renato Rocha tocou com o trio nos três primeiros álbuns e chegou a gravar o baixo de algumas faixas desse álbum, mas acabou por deixar o grupo devido a desentendimentos com os outros membros. As linhas de baixo originalmente gravadas por Rocha foram regravadas por Dado e Renato, que se revezaram nos baixos e guitarras.


Lançado em Novembro de 1991, V é o disco mais melancólico. Renato estava em um momento complicado de sua vida, com a descoberta de que era soropositivo um ano e meio antes, os problemas no relacionamento com o namorado americano, Robert Scott Hickman, e o alcoolismo. O álbum é recheado de canções atípicas para os "padrões" da banda. A atmosfera de "Metal Contra as Nuvens", com seus mais de onze minutos de duração, é um dos destaques, assim como a densa "A Montanha Mágica", a crítica social de "O Teatro dos Vampiros" e a melancólica "Vento no Litoral". Para boa parte dos fãs mais fervorosos, esta é a obra-prima da Legião Urbana.


O álbum O Descobrimento do Brasil de 1993, época em que Renato Russo tinha iniciado o tratamento para livrar-se da dependência química e mostrava-se otimista quanto ao seu sucesso. Ainda assim, as letras oscilam entre tristeza e alegria, encontros e despedidas. É como se, para seguir em frente, fosse necessário deixar muitas coisas para trás, e não se pudesse fazer isso sem uma boa dose de nostalgia. Desta forma, Descobrimento é um álbum com fortes notas de esperança, mas permeado por tristeza e saudosismo. Ainda assim, é considerado por muitos o álbum mais "alegre" e delicado da Legião Urbana. E um dos que menos tocou nas rádios.


Fim da banda


O último concerto da Legião Urbana aconteceu em 14 de janeiro de 1995, na casa de apresentações "Reggae Night" em Santos, litoral do estado de São Paulo. No mesmo ano, todos os discos de estúdio da banda até 1993 foram remasterizados no lendário estúdio britânico Abbey Road Studios, em Londres, famoso por vários discos dos Beatles; e lançados em uma lata, intitulada "Por Enquanto 1984-1985". A lata também incluía um pequeno livro, com um texto escrito pelo antropólogo Hermano Vianna, irmão do músico Herbert Vianna.


Há quem considere o álbum A Tempestade (ou O Livro dos Dias), lançado em 20 de setembro de 1996, o último da banda. Além disso, o álbum possui densas e belíssimas músicas, alternando o rock clássico de "Natália" e "Dezesseis", ao lirismo de "L'Avventura", "A Via Láctea", "Leila", "1º de Julho" e "O Livro dos Dias" e ao classicismo de "Longe do Meu Lado". As letras, em geral, abordam temas como solidão, passado, homossexualismo, AIDS, amor, intolerância e injustiças, o que faz do disco um dos mais belos da música brasileira.


Algumas canções do disco sugerem uma despedida antecipada, como diz o trecho "e quando eu for embora, não, não chore por mim", da canção "Música Ambiente". As fotos do encarte foram tiradas próximas à época do lançamento, exceto a de Renato, que foi aproveitada da sessão de fotos do seu álbum solo Equilíbrio Distante de 1995, já que o cantor se recusou a fotografar para o disco. Este álbum foi lançado inicialmente como um livrinho com capa de papelão e depois como álbum tradicional (caixa de plástico). A foto do guitarrista Dado é diferente entre as duas versões. Com exceção de "A Via Láctea", as demais faixas do álbum possuem apenas a voz guia de Renato, que não quis gravar as vozes definitivas. Também não foram incluídas as frases "Urbana Legio Omnia Vincit" e "Ouça no Volume Máximo", presentes nos discos do grupo. Em seu lugar, uma frase do escritor modernista brasileiro Oswald de Andrade: "O Brasil é uma república federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus".


O fim oficial da banda aconteceu em 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do mentor, líder e fundador da banda. Renato Russo faleceu 21 dias após o lançamento de A Tempestade, no dia 11 de Outubro de 1996.


Uma Outra Estação foi um álbum póstumo. A idéia original era de que A Tempestade fosse um álbum duplo. Como saiu simples, as sobras de estúdio foram compiladas nesse álbum de 1998. Canções como "Clarisse" ficaram de fora do álbum anterior por desejo do próprio Renato, que a considerava com uma temática muito pesada. A letra da canção "Sagrado Coração" consta no encarte porém não possui registro da voz de Renato. O álbum conta com participações especiais como Renato Rocha, baixista dos primeiros discos da Legião, e Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas do Sucesso.


A banda então prossegue fazendo sucesso e vendendo muitos discos, mas sem tocar mais, e se seguem muitas entrevistas e reportagens com os ex-integrantes, Dado e Bonfá. Muitos começam a ouvir as músicas da banda após a morte de Renato, aclamado por alguns até mesmo como herói, embora sem nenhum feito heróico, mas perpetuado como um portador de uma visão crítica e realista.

Hebert, exemplo de superação

 “Quando tá escuro e ninguém te ouve, quando chega a noite e você pode chorar,  há uma luz no túnel dos desesperados, há um cais de porto pra quem precisa chegar.” Assim canta Hebert Vianna em Lanterna dos Afogados.
 O vocalista da banda Paralamas do Sucesso é um exemplo de superação e determinação. Em fevereiro de 2001 o cantor sofreu um acidente com seu ultraleve em Angra dos Reis; Hebert sofreu traumatismo cranioencefálico, lesões na base dos dois pulmões e teve uma vértebra esmagada cujo fragmento atingiu sua medula, deixando-o paraplégico. Sua esposa faleceu imediatamente.
Hebert chegou ao hospital em coma, com Glasgow de 4, evoluindo para 13 na escala, no dia 28/02. No dia do acidente ele fez uma cirurgia no cérebro para instalação de um dreno e no dia 07, terceiro dia de internação, fez outra cirurgia para a retirada de cerca de 5 cm de tecido cerebral necrosado. Foi feita também uma traqueostomia, desta forma ele teve suas cordas vocais preservadas.
Entre os dias 16 a 21 de julho de 2001, Hebert foi avaliado no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, e de acordo com os exames o cantor se encontrava paraplégico, porém com resposta dos músculos da coxa.
Os Paralamas do sucesso fizeram seu primeiro show após o acidente no dia 24/09/2002, para o Fantástico. Hoje continuam encantando a todos com seu potencial musical incomparável e com a história de superação de seu vocalista. Hebert Vianna continua fazendo shows com a banda, hoje em uma cadeira de rodas. A cadeira não foi uma limitação, apenas um mero objeto que passou a fazer parte da imagem de Hebert e da banda. Hebert provou que as limitações estão apenas na mente de cada um.
A determinação de Hebert foi uma das coisas mais importantes em sua reabilitação e que sua historia sirva de exemplo para todos.
Herbert Vianna

Acompanhe aqui um breve histórico do acidente sofrido por Herbert Vianna e que vitimou sua esposa Lucy.

10/10/2007 - Laudo comprova que houve FALHA MECÂNICA no acidente com o Herbert
O laudo elaborado pelo Centro de Tecnologia da Aeronáutica de São José dos Campos, São Paulo, concluiu que o acidente com o ultraleve do Herbert Vianna, em 2001, foi causado por problemas técnicos da aeronave.
O cantor e compositor recebeu a informação por intermédio do seu pai, o brigadeiro Hermano Vianna. "A justiça está sendo feita", disse Herbert Vianna ao saber da notícia.
Em exames de laboratório, este pedaço do avião foi submetido a testes em uma estufa e os peritos constataram que "o material apresenta uma significativa degradação com a temperatura a partir de 40º C". Leia notícia completa no site do Terra.

09/10/2003
Herbert Vianna acaba de conquistar mais uma vitória. O cantor, que se recupera do acidente de ultraleve que sofreu em fevereiro de 2001, acaba de ser considerado apto para dirigir, pelo Hospital Sara Kubitschek, de Brasília, informou a coluna Vip Vupt, do jornal O Dia. Depois que recebeu a liberação, Herbert Vianna comprou um Mercedes, que será todo adaptado para ele. Até o final de outubro, o músico deve começar a dirigir.

24/09/2002 - Primeiro show dos Paralamas - p/ o Fantástico
"Amigos, parentes e funcionários da gravadora EMI foram os espectadores privilegiados, nesta segunda-feira, do primeiro concerto dos Paralamas do Sucesso desde dezembro de 2000, quando a banda iniciou o que seria uma pausa de seis meses que acabou se estendendo até a noite desta segunda-feira por conta do acidente com Herbert Vianna em 4 de fevereiro do ano passado.
A data é especial. Há 20 anos, no dia 9 de setembro de 1982, os Paralamas fizeram sua primeira apresentação com a formação definitiva num bar da Universidade Rural do Rio de Janeiro. Além disso, Luca, o filho mais velho de Herbert, completou 10 anos de idade. As tristezas foram deixadas de lado e prevaleceu a alegria no Espaço Odeon, na sede da gravadora em Botafogo. Dona Teresa, mãe de Herbert e a dinâmica Luciana, mãe de Bi Ribeiro, trocaram um longo abraço ao final do show, comemorando o que tinham acabado de assistir.
Em sua cadeira de rodas, Herbert tocou e cantou como nunca, com a voz mais límpida, total domínio da guitarra, utilizando um pad de efeitos colocado ao seu lado para mudar as regulagens com as mãos, substituindo a tradicional pedaleira. Lembrou todas as letras, fez solos, usou e abusou de suas novas expressões preferidas como 'negócio surreal' e 'astral total' , demonstrando a alegria do renascimento.
31/08/2002
O que era para ser uma comemoração de um ano da banda Reggae B, liderada pelo baixista Bi Ribeiro, virou uma grande festa, no meio de agosto de 2002, no Ballroom, no Rio. Enquanto os roqueiros se apresentavam, Bi surpreendeu a todos quando anunciou a presença de Herbert Vianna no local.
Herbert e Lulu Santos
Em poucos minutos, Bi Ribeiro, João Barone e Herbert subiram ao palco para tocar juntos. Depois de quase um ano e seis meses após o acidente de ultraleve que quase matou o vocalista dos Paralamas, o que parecia impossível de acontecer, estava diante dos olhos de uma platéia de sorte: os Paralamas do Sucessos estavam de volta.
Em seguida, outro convidado: Lulu Santos. Todos juntos, tocaram 'Assaltaram a gramática' - música de Lulu e Wally Salomão gravada pelos Paralamas no disco O Passo do Lui
Ao final, Lulu tomou a iniciativa e puxou: 'de novo, só que agora mais rápido'! E eles deram um bis. Para fechar com chave de ouro, o grupo relembrou o sucesso Meu Erro. 
11/05/2002
No dia 11 de junho, Herbert Vianna deu mais 1 demonstração da sua incrível recuperação ... Convidado a subir ao palco junto com Fito Paez, tocou e cantou o sucesso "Trac Trac" (do disco Os Grãos) ao lado do amigo !!!
14/10/2001
Pela primeira vez, Herbert fala da perda da mulher e de como pretende educar seus filhos: “Meu Deus do céu, como Deus me deu uma coisa tão dura na vida e levou a pessoa que eu amei tanto e estava tão impressa no meu coração? Se Deus quiser, um dia espiritualmente ainda vou encontrá-la e vou celebrar com ela e vai ser uma festa danada. Mas por enquanto eu quero continuar a vida, me dedicar muito aos filhos. Educá-los de forma tal a levá-los a ver que se trata de um ser humano que tem toda a carga emocional, toda a expectativa, toda a beleza, toda a boa vibração de um ser humano e que ele não pode ser julgado por como ele está andando. Ele tem que ser avaliado, ser valorizado de uma outra maneira. E a vibração surgiria daí, graças ao bom Deus”, diz Herbert.
O cantor chega ao hospital para o primeiro show depois do acidente. Os fãs aplaudem. A salva de palmas é de crianças que passam por tratamentos semelhantes ao de Herbert. A maioria, de famílias muito pobres. O Sarah é um hospital público, o que fez com que Herbert Vianna resolvesse improvisar lá uma apresentação: “O que eu acho mais bacana de enfatizar é que rede Sarah é uma instituição pública. O dinheiro aqui é público. Todo dia, a gente lê nos jornais notícias sobre a má utilização do dinheiro público. E isso, de uma coisa tão inovadora ter sido criada numa instituição pública no Brasil, e de mostrar que elas podem funcionar, isso traz um enorme orgulho”, ressalta Hermano Vianna.
“Eu queria dizer que é uma honra trazer um minutinho de alegria e ver a criançada, que está num estágio tão inicial da vida, mas que representa uma gota dourada de alegria no meu coração, muito forte” diz Herbert antes de começar o show.
Herbert canta no Hospital Sarah
Herbert relembra sucessos como “Óculos” e “Melô do Marinheiro”, além de um trecho de "O Que eu não disse".
Como nos shows dos Paralamas, teve de atender a pedidos. E justo na semana do aniversário de cinco anos da morte de Renato Russo, aproveitou para homenagear o amigo, cantando “Que país é este?”
Herbert Vianna aos poucos vai retomando a vida. Os médicos dizem que é preciso paciência. Não há compromisso com prazos, nem com metas de recuperação. A capacidade de adaptação do cérebro é imprevisível e surpreendente. Só há uma certeza: o show na enfermaria do hospital Sarah é apenas o primeiro de muitos que estão por vir."
26/07/2001
Herbert Vianna foi avaliado no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, no período de 16 a 21 de julho de 2001, e, de acordo com os exames médicos, no futuro, Herbert terá condições de retomar suas atividades profissionais.
O cantor está paraplégico, mas mostra resposta de músculos da coxa. Como tratamento de fisioterapia, o líder da banda Paralamas do Sucesso faz exercícios dentro da piscina.
Ainda de acordo com laudo médico, no que se refere à lesão cerebral, estão preservadas as funções da linguagem, escrita, inteligência, atenção, criatividade, planejamento, cálculo, motivação e iniciativa. Ainda há instabilidade no funcionamento da memória recente.
14/06/2001
O juiz Luis Antonio do Valiera decidiu que não será arquivado o processo contra Herbert pelo acidente. O juiz alegou haver indícios de crime culposo e de perigo nos depoimentos das testemunhas.
18/05/2001 - MENSAGEM DO SR. HERMANO (PAI DO HERBERT) AOS FÃS
"Obrigado por sua preocupação. O Herbert continua se recuperando lenta e progressivamente. Ainda tem a memória recente prejudicada embora cada dia menos. As pernas ainda não respondem (dizem os médicos que ainda podem responder. É cedo ainda.) . Alimenta-se bem e faz terapia ocupacional, fisioterapia e estimulação elétrica das pernas diariamente. Já toca um pouco o violão e canta embora ainda com alguma dificuldade nos agudos. Continue rezando que precisamos muito disto. Paciência ! É coisa para um ano ou mais. Um abraço Hermano"
28/04/2001
Herbert se recupera bem, já tocou Lanterna dos Afogados, Nirvana e George Harrison. Tocou e cantou. Começa a reconhecer e lembrar de mais pessoas. Segundo os médicos ficará 100% curado das lesões no cérebro .
30/03/2001
Herbert Vianna está cada dia mais consciente. Já falou da mulher, Lucy, três vezes, mas ainda não perguntou diretamente por ela. Até hoje, Herbert Vianna não sabe do destino da mulher. "Ele dialoga até um certo ponto, responde algumas perguntas, mas depois perde a atenção", explicou, ao Estado de S. Paulo, o neurocirurgião Paulo Niemeyer. "Mas está começando a se dar conta da situação".
20/03/2001
Herbert Vianna já está em casa. Ele recebeu alta do hospital Copa D'Or. Em casa ele será acompanhado por uma equipe de médicos, enfermeiras e fisioterapeutas especialmente contratados para o caso. Ele já reconhece algumas pessoas, tem consciência de que já está em casa, cantarola e reconhece músicas suas, entende alguma coisa e já se encontra quase lúcido. Ainda está paraplégico, mas isso poderá ser recuperado com fisioterapia.
17/03/2001
Segundo a fisiatra Ana Luiza Marques Baptista, a amnésia traumática de Herbert Vianna, que o impede de lembrar-se dos momentos do acidente e de internação, pode retardar os resultados da fisioterapia. Herbert reage bem, já cantarola músicas, reconhece algumas pessoas, assiste televisão (apenas canais de esporte e música para que não corra risco de ver algo sobre seu acidente) e deve ter alta no fim da semana que vem quando ficará em tratamento em casa.
09/03/2001
Herbert Vianna está paraplégico "no momento", disse nesta quinta-feira o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho. O médico afirmou que o quadro poderá ser revertido. Serão necessários alguns meses ou até um ano para confirmar se o líder dos Paralamas do Sucesso vai ficar ou não paraplégico, segundo o médico. Existem 50% de possibilidades de o quadro ser revertido. Segundo o médico, o cantor continua alternando frases em português e inglês, já reconhece as pessoas e consegue articular pequenas frases de forma normal.
02/03/2001
Em 10 dias Herbert poderá receber alta. Ele já se alimenta pela boca normalmente, reconhece algumas pessoas, pronuncia palavras em português e inglês, passa um bom tempo sentado na cama e já tem momentos de total lucidez.
28/02/2001
Herbert já não se encontra mais em coma e não corre mais risco de vida. Encontra-se na escala 13 de Glasgow (que vai de 3 a 15). Responde a estímulos sensoriais e de voz, articula palavras com os médicos e com a família.
17/02/2001
Herbert Vianna foi operado no punho esquerdo para corrigir sua anatomia abalada durante o acidente com o ultraleve. Dois pinos de aço foram colocados no punho esquerdo do guitarrista.
Após a cirurgia  o ortopedista Pedro Ivo Carvalho, explicou que a fratura poderia comprometer o movimento da mão de Herbert. Ele está de olho aberto, está ligado.  Herbert Vianna continua na CTI e a previsão é que ele saia de lá na próxima semana. Ele já está no nível 9 do coma (chegando em 15 ele já está fora de risco, quando entrou no hospital estava no nível 4), deve estar consciente em pouco tempo, no meio da semana que vem.
10/02/2001
Herbert Vianna já começa a reagir na respiração. Neste sábado, os sedativos foram totalmente suspensos. "Os aparelhos continuam ligados, mas ele já começa a respirar por conta própria", disse o Dr. Niemeyer, explicando que sempre que o cantor respira sozinho a máquina pára de funcionar.  Niemeyer cogita que Herbert saia do coma dentro de uma ou duas semanas. "Ele está num bom caminho, está respondendo rapidamente dentro da gravidade do caso", afirmou. Além disso, "Herbert está reagindo a estímulos dolorosos nos dois braços, mesmo estando em coma", disse.
07/02/2001
Após o exame feito pela manhã, constatou-se que a maior das lesões que Herbert tinha, e que já preocupava a equipe, havia aumentado e que em conseqüência disso o paciente poderia morrer subitamente. Por isso, decidiu-se pela intervenção. O pneumologista João Pantoja disse que a traqueostomia, feita antes da cirurgia propriamente dita, foi realizada pelo fato de Herbert ser cantor e a técnica, que abre um orifício na traquéia pelo pescoço, não pressionar as cordas vocais. 
06/02/2001
"Estamos encarando tudo com um otimismo cauteloso", disse João Pantoja, pneumologista e diretor da clínica Copa D'Or, onde Vianna está internado. O músico teve traumatismo craniencefálico, lesões na base dos dois pulmões e esmagamento da 12ª vértebra da coluna. Niemeyer disse que algumas lesões no cérebro diminuíram, sinal de que estão sendo absorvidas. Mas ressaltou que ainda existem muitas lesões e que ainda é cedo para avaliar se elas deixarão alguma seqüela.
04/02/2001
Herbert Vianna e sua mulher Lucy Needham Vianna, 36 anos, sofreram um acidente com um ultraleve em Angra dos Reis, litoral Sul do RJ, próximo ao Hotel Portobello. Herbert estava no comando e teria perdido o controle da aeronave ao tentar fazer um looping. Lucy faleceu na hora.
Herbert Vianna está internado em estado de coma e foi submetido a uma cirurgia para colocar um transistor intra-cerebral, que controlará sua pressão craniana, de acordo com o primeiro boletim médico divulgado pelo Hospital Copa D´Or, onde está internado.

História

A banda foi formada em agosto de 1982 poucos meses após uma discussão de Renato Russo com sua antiga banda, Aborto Elétrico, devido a uma briga com o integrante Fê Lemos (bateria) na música "Veraneio Vascaína" (na ocasião, Renato havia errado a letra e levou uma baquetada em pleno show). Com o fim da banda, Fê Lemos e seu irmão, Flavio Lemos (contrabaixo), reúnem-se com Dinho Ouro Preto e formam o Capital Inicial. Para compor, Renato Russo se inspirava em bandas como Sex Pistols , The Beatles, Ramones, The Smiths, The Cure, Talking Heads e Joy Division e no filósofo Jean-Jacques Rousseau (daí a inspiração para o nome artístico).

O começo

A primeira apresentação da Legião Urbana aconteceu em 5 de setembro de 1982 na cidade mineira de Patos de Minas, durante o festival Rock no Parque, que contou com outras oito atrações, entre elas a Plebe Rude.
Esse foi o único concerto em que a banda apareceu com a sua primeira formação: Renato Russo (vocalista e baixista), Marcelo Bonfá (baterista), Paulo Paulista (tecladista) e Eduardo Paraná (guitarrista), hoje conhecido como Kadu Lambach.[5] Após a apresentação, Paulo Paulista e Eduardo Paraná deixaram a Legião. O próximo guitarrista seria Ico Ouro-Preto (irmão de Dinho Ouro-Preto, vocalista do Capital Inicial), mas foi logo substituído por Dado Villa-Lobos, que assumiu a guitarra da Legião em março de 1983.[6]

O sucesso

Em 23 de julho de 1983, a Legião faz no Circo Voador, Rio de Janeiro, um concerto que mudaria a história da banda. Após a apresentação, eles são convidados a gravar uma fita demo com a EMI. No ano seguinte, por indicação de Marcelo Bonfá, entra o baixista Renato Rocha e começa então a gravação do primeiro disco.
O primeiro álbum Legião Urbana, lançado em 2 de janeiro de 1985, é extremamente politizado, com letras que fazem críticas contundentes a diversos aspectos da sociedade brasileira. Paralelo a isso, possui canções de amor que foram marcantes na história da música brasileira, como "Será", "Ainda é cedo" e "Por Enquanto", esta última que é considerada como a melhor faixa de encerramento de um disco, segundo Arthur Dapieve, crítico e amigo de Renato Russo. "Geração Coca-Cola" é outra música famosa deste álbum.
O segundo álbum, Dois, foi lançado em 1986. O disco deveria ser duplo e se chamar Mitologia e Intuição, mas o projeto foi recusado pela gravadora, fazendo com que o disco saísse simples. A primeira música, "Daniel na Cova dos Leões" é iniciada com um pouco da canção "Será" envolto a ruídos de rádio e do hino da Internacional Socialista. É o segundo álbum mais vendido da banda, com mais de 1,2 milhão de cópias, e considerado por muitos o mais romântico. "Tempo Perdido" fez um grande sucesso e se tornou um dos clássicos da Legião. "Eduardo e Mônica", "Índios" e "Quase Sem Querer" também fizeram muito sucesso.
Que País É Este 1978/1987 pode ser considerada a primeira coletânea feita pela banda de Brasília, embora todas as faixas tivessem sido regravadas e produzidas para este álbum em estúdio. A maioria destas músicas foram propositalmente gravadas em primeiro take (baixo, guitarra e bateria de uma só vez). Este material foi programado para entrar no antigo projeto Mitologia e Intuição, que foi abortado pela gravadora. Das nove canções do disco, apenas "Eu sei" (da carreira solo de Renato Russo), "Angra dos Reis" e "Mais do Mesmo" não eram do antigo Aborto Elétrico. Esta é a obra mais punk da Legião Urbana e contém em seu encarte uma breve história do grupo. Foi o último trabalho oficial com a participação do então baixista Renato Rocha. Seu título provisório era Mais do Mesmo. As maiores músicas deste álbum foram "Que País É Esse", "Faroeste Caboclo" e "Angra dos Reis".
O álbum As Quatro Estações de 1989 é considerado por muitos o melhor e mais inspirado trabalho do grupo, inclusive pelo próprio Renato Russo, além de conter o maior número de hits: são onze canções, das quais pelo menos nove foram tocadas incessantemente nas rádios. É o álbum mais vendido da Legião, com mais de 1,7 milhão de cópias[carece de fontes], é também considerado o disco mais "religioso". O baixista Renato Rocha tocou com o trio nos três primeiros álbuns e chegou a gravar o baixo de algumas faixas desse álbum, mas deixou o grupo devido a desentendimentos com os outros membros. As linhas de baixo originalmente gravadas por Rocha foram regravadas por Dado e Renato, que se revezaram nos baixos e guitarras. Músicas legendárias como "Pais e Filhos" e "Monte Castelo" fizeram parte deste álbum.
Lançado em Novembro de 1991, V é o disco mais melancólico. Renato estava em um momento complicado de sua vida, com a descoberta de que era soropositivo um ano e meio antes, problemas no relacionamento com o namorado americano, Robert Scott Hickman, e alcoolismo. O álbum é recheado de canções atípicas para os "padrões" da banda. A atmosfera de "Metal Contra as Nuvens", com seus mais de onze minutos de duração, é um dos destaques, assim como a densa "A Montanha Mágica". A crítica social de "O Teatro dos Vampiros" e a melancólica "Vento no Litoral" foram as mais tocadas neste CD.
O álbum O Descobrimento do Brasil de 1993, época em que Renato Russo tinha iniciado o tratamento para livrar-se da dependência química e mostrava-se otimista quanto ao seu sucesso. Ainda assim, as letras oscilam entre tristeza e alegria, encontros e despedidas. É como se, para seguir em frente, fosse necessário deixar muitas coisas para trás, e não se pudesse fazer isso sem uma boa dose de nostalgia. Desta forma, Descobrimento é um álbum com fortes notas de esperança, mas permeado por tristeza e saudosismo. Ainda assim, é considerado por muitos o álbum mais "alegre" e delicado da Legião Urbana. Apesar de boas vendas, o CD não foi muito tocado nas rádios. As faixas de sucesso foram "Giz", "Vinte e Nove" e "Perfeição", música essa que foi na época uma pesada crítica ao Brasil.

Fim da banda

Boneco representando a figura de Renato Russo.
O último concerto da Legião Urbana aconteceu em 14 de janeiro de 1995, na casa de apresentações "Reggae Night" em Santos, litoral do estado de São Paulo. No mesmo ano, todos os discos de estúdio da banda até 1993 foram remasterizados no lendário estúdio britânico Abbey Road Studios, em Londres, famoso por vários discos dos Beatles; e lançados em uma lata, intitulada "Por Enquanto 1984-1995". A lata também incluía um pequeno livro, com um texto escrito pelo antropólogo Hermano Vianna, irmão do músico Herbert Vianna.
A Tempestade ou O Livro dos Dias, lançado em 20 de setembro de 1996, foi o último da banda com o Renato Russo vivo. Além disso, o álbum possui densas músicas, alternando o rock clássico de "Natália" e "Dezesseis", ao lirismo de "L'Aventura", "A Via Láctea", "Leila", "1º de Julho" e "O Livro dos Dias" e ao classicismo de "Longe do Meu Lado".
As letras, em geral, abordam temas como solidão, passado, amor, depressão, homossexualidade, AIDS, intolerância e injustiças, sendo um disco "melodramático" e de alma triste.
Algumas canções do disco sugerem uma despedida antecipada, como diz o trecho "e quando eu for embora, não, não chore por mim", da canção "Música Ambiente". As fotos do encarte foram tiradas próximas à época do lançamento, exceto a de Renato, que foi aproveitada da sessão de fotos do seu álbum solo Equilíbrio Distante de 1995, já que o cantor, um pouco debilitado, se recusou a fotografar para o disco. O álbum A Tempestade foi lançado inicialmente na época como um clássico livrinho com capa de papelão e anos depois relançado como álbum comum (caixa de plástico). A foto do guitarrista Dado é diferente entre as duas versões. Com exceção de "A Via Láctea", as demais faixas do álbum possuem apenas a voz guia de Renato, que não quis gravar as vozes definitivas. Também não foram incluídas as frases "Urbana Legio Omnia Vincit" e "Ouça no Volume Máximo", presentes nos discos do grupo. Em seu lugar, uma frase do escritor modernista brasileiro Oswald de Andrade: "O Brasil é uma República Federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus".
O fim oficial da banda aconteceu em 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do mentor, líder e fundador da banda. Renato Russo faleceu 21 dias após o lançamento de A Tempestade, no dia 11 de Outubro de 1996.
Uma Outra Estação foi um álbum póstumo. A idéia original era de que A Tempestade fosse um álbum duplo. Como saiu simples, o material não lançado foi retrabalhado e compilado nesse álbum de 1997. Canções como "Clarisse" ficaram de fora do álbum anterior por desejo do próprio Renato, que a considerava com uma temática muito pesada. A letra da canção "Sagrado Coração" consta no encarte porém não possui registro da voz de Renato. O álbum conta com participações especiais como Renato Rocha, baixista dos primeiros discos da Legião, e Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas do Sucesso.
A banda então prossegue fazendo sucesso e vendendo muitos discos[carece de fontes], e se seguem muitas entrevistas e reportagens com os ex-integrantes, Dado e Bonfá. Muitos começaram a ouvir as músicas da banda após a morte de Renato, aclamado por alguns até mesmo como um herói, embora sem nenhum feito heroico, mas perpetuado como um portador de uma visão crítica e realista.

Comunicado sobre a "volta" da Legião Urbana

Em 5 de Setembro de 2009, o site oficial da banda divulgou um comunicado, em nome da família Manfredini, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e da gravadora EMI, esclarecendo que a Legião Urbana não voltaria às suas atividades, ao contrário das informações que circulavam através de boatos, uma vez por respeito a Renato Russo que jamais seria substituído. Ainda no intuito de aniquilar falsas informações, deixa claro que Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos não pretendem formar uma nova banda juntos para evitarem comparações.
No entanto, como o assunto sobre "a volta" da banda andava em alta, tanto nos jornais de grande circulação, tabloides eletrônicos ou mesmo nos sites de discussão e relacionamento (principalmente por conta do show que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá realizaram no festival Porão do Rock, no dia 20 de setembro de 2009 em Brasília),[7] o comunicado fez questão de reiterar que os integrantes não pretendiam retomar a banda, mas tão somente existiria uma "possibilidade" para que fosse realizada uma única turnê, com cantores convidados, contando ainda com uma banda de apoio, formada por músicos uruguaios. Uma pequena turnê aconteceu, a Legião Urbana com músicos convidados fez um especial no Rock in Rio 2011 e logo em seguida acompanhada pelo o Jota Quest em algumas cidades como na cidade de Maceió, situada no estado de Alagoas.
O comunicado deixa registrado também o intuito do site oficial da banda, que é "estreitar os vínculos entre a obra da banda e seu público", além de se tornar uma fonte de comunicação oficial.